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Pirataria: Acesso Irrestrito à Cultura

Nos últimos tempos, tenho visto algumas pessoas falando sobre 'ética' na pirataria. Vejam só: eu tenho 26 anos, uso computador desde os 7 ou 8 anos e, desde então, pirateio. Não sou hipócrita; pirateio sempre que posso, seja um jogo, um filme, uma série, um programa etc.

Quando era mais novo, não tinha dinheiro para gastar com essas coisas. Hoje em dia, tenho, mas em muitos casos ainda não gasto. Vamos pensar em filmes e séries: existem vários serviços de streaming por assinatura. Às vezes, quero ver um filme que está no streaming X e uma série que está no Y. Em alguns casos, a série tem temporadas separadas, cada uma em um streaming diferente. Não vou gastar meu dinheiro com isso, baixo via torrent, deixo semeando e sou feliz.

A mesma coisa com jogos. Jogos são caros: você olha um lançamento AAA e ele custa mais de R$ 300,00. Não sou rico, muito menos otário para gastar com isso. Baixo sem peso na consciência.

Mas o ponto principal aqui não é esse. O ponto são as discussões que vejo sobre algumas pessoas pedirem 'ética' na pirataria:

'Ah, mas não pode baixar filme nacional pirata!'

'Ah, mas o jogo é indie!'

Não dou a mínima. Muitos desses filmes passam em poucas sessões – aqui na minha cidade não tem cinema, então não posso ver. Quanto aos jogos, as pessoas dizem que os desenvolvedores vão ter prejuízo. Mas, ora, se eu piratear ou não comprar, vai dar no mesmo o dev vai receber R$ 0,00. Quantas vezes eu não acabei comprando um jogo porque gostei de tê-lo jogado pirata antes?

O acesso à cultura deve ser irrestrito. Uma pessoa que não tem dinheiro para gastar com cultura não pode ser impedida por isso. Vou piratear mesmo.

A cultura deve ser popular e universal.

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